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sexta-feira, 15 de maio de 2009

RESPOSTA DE: SAI COM UM TRAVESTI (RESPOSTA DO URSO)

Olá Renan, nem sei como dizer isso causando o mínimo dano possível à sua personalidade, se é que é possível fazê-lo... Sei que isso será uma enorme surpresa para você, mas sou obrigado a responder, cara que gosta de se relacionar com outro cara, ativamente ou passivamente, só pode ser uma coisa: homossexual. Repare que não escrevi “bichinha”, “fruta”, “mulherzinha”. Não escrevi por achar pejorativo ou coisa do gênero, até porque não considero esses adjetivos dessa forma, sempre que os uso, o faço com o intuito de separar o homossexual, aquele que tem prazer com outros do mesmo sexo, do homossexual afetado, desmunhequento e caricaturizado. Geralmente a televisão adora mostrar somente este estereótipo. Imagino que a insistência em exibir tal modelo deva estar atrelada a uma sociedade brasileira machista e preconceituosa, dando uma audiência maior ao mostrar as “bichinhas afetadas”, tranqüilizando o enorme contingente de homossexuais enrustidos, lhes dando a falsa percepção de que não são gays, afinal, de nada se assemelham aquele que a televisão mostra.
Uma mostra disso é a quantidade absurda de e-mails que recebo de homens perguntando se são gays. Galera do armário, tenho uma revelação para vocês, se tem dúvida sobre a sua masculinidade quanto a orientação sexual, é porque é gay!Achei sua pergunta muito bacana porque me deu a oportunidade de falar sobre o assunto de forma ampla e aberta, coisa que prezo muito nesse blog. A questão da homossexualidade é muito antiga, sendo que, em algumas épocas, não havia uma separação nítida entre ser homossexual ou heterossexual. É mais um conceito temporal e regional do que uma verdade absoluta. Quer um exemplo? No império romano os imperadores comiam a bunda de subalternos como forma de subjugá-los, mostrando quem detinha o poder, queriam passar uma mensagem muito clara: “eu sou tão fodão, mas tão fodão, que posso comer sua filha, sua mulher e até você”.Outro ponto interessante nessa questão é referente ao seu contínuo desejo por mulheres, o que faria de você um bissexual, rótulo ainda mais recente. Muita gente me pergunta se existe bissexual ou se não é apenas uma forma menos rígida de ser um homossexual, alguém que ainda não se decidiu.Muito bem, em minha opinião, deveríamos substituir os termos “homo” e “hetero”, atualizando-os para “mono” e “pluri”. Em tese, quem só faz sexo com um gênero ficaria sendo monossexual e quem faz com os dois seria plurissexual. Isso acaba com boa parte dos preconceitos existentes que remetem até mesmo a falha no caráter de alguém por ter escolhido ou compelido por determinada orientação sexual.Eu acharia mais justo separarmos apenas a decisão de fazer ou não sexo com alguém da questão emocional. Afirmo isso por acreditar que os sentimentos de amor e afeto, assim como a raiva e o ódio, são independentes da escolha sexual que fazemos. Duas pessoas do mesmo sexo podem se amar ou odiar menos do que duas pessoas de sexos diferentes? Creio que não.Quando separamos a opção sexual da afetiva, podemos crer que há possibilidade clara de um indivíduo gostar de fazer sexo com homens e com mulheres, sem que isso interfira em sua masculinidade ou feminilidade
Estou escrevendo isso rindo de mim mesmo, que dez anos atrás poderia ser considerado homofóbico e hoje defendo a liberdade sexual e ainda mais, a liberdade afetiva. Sou tão fã do direito de escolha individual que isso superou os meus preconceitos, ainda bem!O que me fez mudar de opinião foi parar de encarar os estereótipos das novelas e a enxergar que por trás dessas escolhas existem pessoas normais, sem trejeitos, traquejos ou afetação. Hoje penso que as bichinhas só querem chamar a atenção, quase que como uma afronta, uma forma de protesto contra essa sociedade repressora em que vivemos. Se tiver alguma lendo isso, por favor, mude de atitude! Isso só gera ainda mais preconceito e ojeriza por parte dos demais.Também acho engraçado alguns conceitos, como por exemplo, o da passividade e sua relação com a sexualidade da pessoa. Se você perguntar para caras com mais de cinqüenta anos, oriundos de cidades pequenas, geralmente no interior de seus respectivos estados, se eles já fizeram o famoso “troca-troca” ou tiveram relações mesmo que apenas ativas com outro homem em sua época de adolescente, ficará chocado com as respostas que poderá receber.Uma parte considerável destes teve uma ou outra relação homossexual durante a puberdade, mas sempre se consideraram homens por não terem sido a parte “passiva” na relação. Ora, se comeu ou apenas recebeu sexo oral e teve prazer com outro homem, como é que não é homossexual também? Só porque foi ativo? Hipocrisia e medo. Isso sem falar nos coitados dos bichinhos (galinhas, cabritas, vacas) que sofreram na mão do pessoal da roça... Para quem mora em cidades dotadas de redes de prostituição essas características regionais parecem coisa de outro mundo, mas para alguns que estão no interior do cu do mundo, isso é normal e/ou aceitável.Bom, acho que é isso, resumindo Renan, você é plurissexual (total-flex) no meu conceito e homossexual no conceito convencional! Agora, essa história de não beijar na boca é coisa de viadinho... Chupar pode, beijar não? Tome vergonha, mona!

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